domingo, 31 de maio de 2009

Perdido Street Station


Faz tempo, estou devendo um comentário de livro bacana, um romance contemporâneo que me agrade. Há alguns. O mais bacana é o "Perdido Street Station", do China Miéville, que li em inglês. Magistral! Não sei se já foi traduzido, depois pesquiso e digo. Minha edição é americana, mas o cara é inglês. Que livraço! A perspectiva dele, de renovar a literatura fantástica através da mistura de elementos da FC, do terror e da fantasia, se realiza muito bem. Consegue isso porque, além de saber construir suas tramas, com a imaginação funcionando a todo vapor, realiza seus personagens com cuidado. Tudo isso contra um fundo sem dúvida bastante pesquisado. Por mais fantásticos e escandalosos sejam os acontecimentos em curso, não perdemos a noção das personalidades envolvidas, das psicologias distintas que têm que lidar com os acontecimentos e tentar domar seu curso. Escrevi "personalidades" porque diversos personagens não são exatamente humanos, sem que deixemos de ter empatia por eles. A ação se passa na cidade de New Crobuzon, uma espécie de Londres retrofuturista onde circulam, além de humanos, algumas outras espécies inteligentes (ou quase) e cada bicho misterioso de arrepiar os cabelos. É nesse contexto que o livro discute diferença e amor( abre com a apresentação do casal formado por um humano, Isaac, e uma insectóide bem inteligente, Lin, com muito erotismo) arte e vida (a insectóide é uma artista de capacidades psíquicas inesperadas)conhecimento e dever(Isaac é um cientista autodidata que descobre uns riscos terríveis pelas quais a já bem maltratada cidade está passando) e por aí vai. Eu disse "retrofuturista" porque New Crobuzon é uma megalópole futurista concebida como se fosse, parece, na virada do século dezenove para o vinte, acrescida de uma natureza bem mais caprichosa que a nossa conhecida. O futuro, tal como nossos avós o imaginaram (e temeram), mas estranha, sinistramente distorcido. Miéville, como diversos outros autores contemporâneos (não é à toa que na capa do meu exemplar tem o endosso do Neil Gaiman), é um sujeito que sabe alimentar sua imaginação (tremenda) com muita pesquisa. Diferente de outros autores que pesquisam muito, contudo, (pensei em Neal Stepehenson), não escreve diretamente sobre os assuntos que estuda; enfia-os no seu liquidificador pessoal, com autêntica, intensa verve pop. O livro é um baita folhetim de aventura, que comete a imensa ousadia de fazer pensar junto com fazer sentir. Do mesmo modo que Frank Herbert foi o autor em cujo texto primeiro ouvi falar de "guerra sagrada", "Jihad",no "Dune" isto já faz muito tempo, não me espantarei nada se no futuro se descobrir que, aparentemente falando de coisas e lugares de todo diferentes, China Miéville antecipou, isto é, fez pensar coisas instigantes acerca do nosso mundo, vivido hoje. Sim,, eu acho que a boa literatura escapa sim, mas para "dentro"... Excelsior(como diria Stan Lee)!!

quinta-feira, 28 de maio de 2009

Baraldi no meu aniversário



Tem aniversários que te surpreendem. Fazer isso comigo é um pouco difícil, porque gosto de comemorar, sei a data e entro em contato ao menos com algumas pessoas. Mas esse ano, eu, que faço dia oito de maio, fui surpreendido no dia sete, com a chegada de um presentão: três dos livros do Márcio Baraldi!!!"Vale-Tudo", "Roko-Loko (e Adrina-Lina)"e "Humortífero" compendiam a maioria da sua produção de hqs curtas (as mais longas com quatro pgs, tudo, quase, com uma ou duas) publicadas antes em revistas de rock. Como diz o Paulo Ramos na introdução pra um deles (e o cara tem prefaciadores!!), o Márcio é um cara que corre atrás. Sabe que você pode dizer alguma coisa que ajude a divulgar o trabalho dele, chega junto. É isso; sendo alguém que acredita MUITO no que faz, com toda razão corre atrás. Ninguém que chega em algum lugar é porque ficou quieto em casa avaliando se o trabalho que faz é bom. A pessoa tem que se expor. Certas obviedades não faz mal repetir. Não o conheço em pessoa. Se for tão engraçado quanto o seu trabalho, é daqueles camaradas que te matam de rir, quando resolve fazer isso, e bem rápido. Essencial num humorista: gostar de fazer piada. Seu humor tem acidez,mas também companheirismo; cheira a noite de boemia com (ou sem) os caras das bandas, a travessuras nos camarins e na estrada, à alegria de gostar de uma coisa e saber falar dela direito. Nesse sentido, o trabalho dele tem um quê de reportagem sobre um estilo de vida, o rocker. O Márcio é um roqueiro renitente , como eu acho que ainda sou, também. Hoje aprecio muito Mart´nália, Ben Harper, Jack Johnson, mas Jimi Hendrix está sempre perto do cd player, junto com o Clash básico. Me senti no espírito, interlocutor do cara, mesmo que nunca tenha sido grande fã da imprensa roqueira. Ela, em SP, hoje, eu imagino que exista mais do que no resto do Brasil... O Márcio faz uns quadrinhos irados, escancarados, que gargalham e morrem de rir, não é com sorrisos discretos que trabalha. As suas curtas (e grossas) hqs estabelecem o seu modo de ver o mundo, e a partir desse ponto de vista roqueiro curtem com a cara de um monte de coisas do ambiente que o cerca, da cultura e dos costumes, da política também, mas menos, que hoje que hoje em dia o formalmente político só tem dado desgosto... Eu me amarrei, saber fazer rir é um desafio de frases curtas e soluções imediatas em espaços minúsculos. Essas compilações que a Opera Graphica publicou (parece que tem mais material ainda, mas com esses três livros acho que já tenho a obra do bacana quase toda reunida ... Valeu mesmo!!!)são como um álbum de Asterix era com relação à publicação seriada das hqs... Ah! Nunca vi à venda aqui no RJ! As duas pgs que postei ilustram o que eu acho que também como tira diária de jornalão daria certo...Material bem mais trepidante que o Urbano, o aposentado, eu sei que o Márcio faz!!!

segunda-feira, 25 de maio de 2009

"Só pra me divertir"...

O post de hj é desilustrado, pque resolvi fazê-lo já muito tarde, não tive como produzir fotos à altura dos assuntos, e é sobre cinema. Só uma pequena atitude que me veio à cabeça depois de ler o "Homem Nerd" de hoje, do qual discordo bastante, embora concorde com alguns aspectos (ainda vou colocar aqui o caminho dos blogs aos quais tenho ido). Eu acho que todo filme é pra entreter, até "Corações e Mentes". Mas eu me divirto pensando, não me rendo à anestesia... Imagino um cinema da imaginação, um cinema fantástico, que inclui os filmes de Indiana Jones, mas também "A Noite Americana"(Truffaut) "Deus e o Diabo na Terra do Sol"(G.Rocha) e "Esse Obscuro Objeto do Desejo",(Buñuel)... Como todo mundo, vou ao cinema pra me divertir. Suponho que, para susto de alguns, faço isso pensando...assim, " Alien" (o primeiro),!Contatos Imediatos do Teceiro Grau", "O Anjo Exterminador", "2001", "Watchmen", "Providence", "Planeta dos Macacos" (os primeirões e a série de TV) "Solaris" e "Stalker" (Tarkovski, claro!!) "O Ano Passado em Marienbad", "La Nave va", "Blade Runner", "Amarcord", " A Scanner Darkly" ("O Homem Duplo") e "Iron Man" (viva Robert Downey Jr!!), ...filmes que me fizeram, e fazem, refletir, com muita riqueza de conteúdo... pra só citar alguns!! É porque vou ao cinema "só pra me divertir" que não tolero filme que pretenda me anestesiar...cinema é pensamento visual acontecendo, escultura do tempo, e o filme que finge que não pensa, ou que pensa só em me anestesiar, não me interessa. A primeira trilogia de "Star Wars", esse belo conto de fadas que posa de FC, tem seu valor e diverte. Mas como já disse o bacanão do Dr. Asimov, só é FC no sentido estritamente visual, sendo na verdade, conto de fadas ou ensaio de mitologia(Na FC a história muda, se vc tira a "Nave espacial" e troca por "carruagem"...) Em especial, na "Guerra nas Estrelas" me agrada "O Império Contra Ataca", de longe o melhor dos três filmes iniciais, Larry Kasdan fazendo George Lucas notar que os personagens dos seus tão estudados mythos têm sentimentos sim... Por mais que o roteiro previsse aquelas situações, elas demandavam um diretor de mais recursos que G.Lucas... sutileza, ambiguidade, também são entretenimento! Machado sabia disso tão bem quanto Lima Barreto! Esse papo de "só vou ao cinema pra me divertir", enunciado comose no cinema a gente não pensasse, a mim não seduz não! Sonho, sabem Moebiuse Winsor McCay muito bem, também é pensamento!!! Banoite!!

domingo, 24 de maio de 2009

Palavras E Imagens




Ainda flutuam na minha cabeça uns assuntos oriundos da palestra do Peeters. Como contribuem pra eu terminar de comentar a bacana revista SAMBA (que comecei a comentar no último post), a qual ganhei lá, são o post de hoje. O primeiro é uma coisa que o Peeters falou, que me deixou encantado: é amigo do Schuiten desde os doze anos de idade. Como estudavam na mesma escola e tinham comportamentos dfe exceção, se encontraram. Um não parava de desenhar e o outro não parava de escrever, começaram a colaborar desde cedo, procurando um equilíbrio que se reflete na segura forma que têm de experimentar com os formatos dos livros, que podem ser quadrinhos, livros ilustrados e todas as gradações derivadas. A colaboração querendo chegar num resultado híbrido demanda um diálogo bem rico e elástico, portanto bem fundamentado, entre os envolvidos. Equilibrando o uso de palavras e de imagens. Fazendo epsquisa de conteúdo e forma...
Na Samba, eu achei que o melhor texto veio de quem menos desenha, LTG, dono (dona?) de um simplificado traço que nas antigas se chamaria de humor, no mesmo sentido que o de Feiffer é de humor. Mas aqui tem um sentido de coisa colorida, sem o objetivo de fazer rir, mas passar um clima, creio. Funciona. Mas pra mim funcionaria melhor se o desenho fosse um pouco mais envolvido, um pouco mais expressivo. As hqs, de uma pg só cada, são boas crônicas em quadrinhos, talvez não "histórias". Um pouco mais de expressão no desenho levaria longe. Aí na mesma revista tem esse escachunfrante desenhista que é o Eduardo Belga. Faz várias páginas sombrias, como essa que usei aqui. Sugerem muito de longe uma narrativa, apesar das forças dos desenhos. Nítido que é uma miração, quase uma peia, mas não conta tudo, não sugere o movimento... Não sei... Um pouco mais de narração (não falo de palavras)... Um tem texto demais, outro tem traço demais...
A outra coisa que me encanteu, e a qual comentei aqui, é que Peeters disse que aprecia e estuda filosofia... Eu também sempre o fiz! Como diversos bacanas que pude ler e ouvir, prefiro palavras E imagens às palavras OU imagens...e ainda tenho amigo de infância!

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Esses caras gostam de quadrinhos


Um olhar desatento pode pensar que as duas primeiras, dentre as páginas ao lado, foram desenhadas pelo mesmo autor. Um fã informado sabe que estou falando do grande Charles Burns, conhecido entre nós por causa de seu trabalho mais recente e ambicioso,"Black Hole",que saiu em dois volumes grossos, mas nos EUA foi publicado primeiro como máxi-série, pela Fantagraphics. Só a pg ao lado foi desenhada por ele; faz parte de "Love in Vein" , já antiga aventura de um grande personagem seu, "El Borbah", realizado com um traço simples, por comparação a "Black Hole".


As outras páginas vêm da SAMBA, revista que ganhei na noite da palestra do Peeters. Postei sua capa junto com a da Caô no epílogo da palestra, "Alguns dias depois". É excelente festival de desenho. Essas páginas foram desenhadas pelo Gabriel Góes, um dos editores ; com certeza conhece muito bem hq e gosta de Charles Burns. Se é ele o camarada que me deu a revista, não sei. Tem cada desenho do caramba!! A outra pg dele, logo embaixo, é uma excelente e sutil hq de uma pg só, e não é no branco e preto, mas a influência ainda está lá. Noutros trabalhos constantes da revista, não tão bem acabados, a gente o vê brincando com outras soluções. Não acho ruim que o cara assuma a influência, ao contrário. Burns não é pra todo mundo, nem qualquer um. Só o que lamento é que o cara também não se tenha deixado influenciar também pelo texto do Burns , que é ducarilda, trabalhado com cuidado, e já no tempo do El Borbah, que saiu na Heavy Metal, quando essa funcionava bem melhor do que hoje. Esse é um problema histórico do quadrinho brasileiro, com a notável exceção dos humoristas: a falta de textos mais à altura dos desenhos, no ramo das hq de aventura, terror ou o que for, que não quer fazer rir. Ou alguém discorda de mim que Colonnese e Zalla teriam rendido muito mais se tivessem trabalhado com roteiristas mais competentes? A dita hq de uma pg só, do Gabriel Góes, aqui junto, tem um bom texto sim, e mais legal que o da outra naquele p&b, mas, epa, opa, dirão alguns, não é muda? justamente, nenhuma hq é muda de verdade, todas falam, mesmo quando caladas...e a revista teria lucrado muito se tivesse prestado atenção nisso!!

segunda-feira, 18 de maio de 2009

"A Fúria do corpo" e "O Cego e a dançarina"



O título do post de hoje enumera os títulos de dois livros de um tremendo autor brasuca com quem estive há muitos anos, João Gilberto Noll. Desde então, já publicou muitos outros livros, mas os que ficaram comigo são esses dois, que já tavam publicados, e aclamados, ali pelo meião dos anos oitenta. Sei que o camarada é prolífico, mas por algum motivo não consegui lhe por as mãos na produção posterior. Aquelas coisas: Não ver quando tem a grana na mão, não ter a grana na mão quando vê.Ao menos "Harmada" , do qual me falam muito bem, ainda vou caçar. Eu já tinha lido "O Cego e a Dançarina", brilhante livro de contos com o qual estreou, quando o conheci, dentro do bar. Naquele momento,eu tava muito absorvido por "A Fúria do corpo" seu caudaloso primeiro romance, que tem sua foto, imensa, nas costas,(pelo menos a edição que ainda tenho) e foi assim que eu e o Juarez Veras o identificamos. Tás pensando? Botequim também é cultura!!! Isso aconteceu no "Ribeiradio", amplo boteco que não existe mais, quase na esquina da Real Grandeza com a São Clemente. Juarez tinha me emprestado " A Fúria do Corpo", que devo confessar, confisquei. O livro é um romance ou talvez uma rapsódia, no sentido em que "Macunaíma" também é. Menos trama e muito clima, acontecimentos desdobrados uns dos outros menos como encadeamento e mais como celebração, mesmo que se sofra pra chuchu. Entramos no bar pro que era uma praxe nossa da época, uma geladinha com steinhagen, e Juarez começou a dizer que já tinha visto "aquele sujeito ali no canto" em algum lugar. Eu concordei. Ficamos matutando, até que eu olhei a contracapa do livro, que estava ali comigo no bar!!! Era o cara, sim!!! Em minutos, criamos coragem e o abordamos, fato que virou longa conversa literária noite adentro, e me lembro que falamos sobre a necessidade ou não de dividir um texto grande em capítulos. Esse romance não tem divisões, é um bloco de texto, e se lê sem largar. Ele disse que não foi decisão racional, o livro se escreveu assim mesmo. Eu acredito: parece coisa de um Henry Miller que também gostasse de homem, narrando/mostrando a imensa odisséia sexual/existencial de um vagabundo erudito (ou na época pareceu) e solitário, que passa por cada uma de arrepiar, mas nunca negocia seus sentimentos; nunca deixa de ser sincero com relação a eles. Tem forte caso com uma mulher e com um homem, sendo o livro a narração de tudo o que esses três passam, perto ou longe um do outro, a partir dos olhos desse camarada que o livro acompanha, parecendo vagaba também, e tem cada coisa do cachorro chora, ficando eu com a sensação de que o livro só acabou por cansaço,não porque qualquer trama se resolvesse. Era o relato contínuo da vida, talvez mais colorido que os acontecimentos, mas a literatura não elabora o quotidiano? Entre outras coisas... Saí do bar aquela noite muito impressionado, e com o telefone do cara. Ele foi muito gentil, eu pretendia continuar a conversarmos, mas as cervejas que foram pra casa comigo esconderam o telefone dele e nunca mais achei. Juarez dizendo que ele inventou aquelas coisas todas, não as viveu. Continuo achando que, mesmo quando você não fez as coisas que seu personagem fez (o que é a maioria dos casos), um pouco de seu viver se estendeu naquela direção, deu corpo e rosto a ele... Outro dia, estava passando na área, que parece outro lugar (tem muito menos boteco na cidade...) Hoje tem grafite pra chuchu onde na época só tinha pichação, mas lá perto, me lembrei, e por hoje foi esse acaso que registrei... sim, já foi mais óbvia a relação entre literatura e boemia!!! Evoé Baco(diria Eddie Campbell, de quem também quero falar, um dia desses)!!

Simplício e o Armênio- Sobre "A Luneta Mágica"



A história do Simplício, o camarada que descobriu a magia da luneta (nos nossos dias seria óculos) recebeu tratamento humorístico. Esse texto do Joaquim Manuel de Macedo é de humor, ainda que num registro fantástico. Conheço mais trabalhos realistas, da parte do Márcio de Castro. Sua solução de traço humorístico me surpreendeu.Quando começamos a conversar, escrevi um parágrafo sobre os personagens; ele devolveu desenhos...aqui estão, como disse, Simplício e o Armênio... Como boa parte das hqs contemporâneas,nessa nossa houve uma fase com desenhos preparatórios,de conceituação dos personagens. Há quem os faça de cenários e cenas, mas num caso como o nosso, era principal compreender os personagens. Quase todos foram aproveitados tais como o Márcio primeiro os desenhou, o que dá uma idéia da importância da leitura do texto original por parte de todos os envolvidos,ou ao menos por parte de mais de uma pessoa, num projeto de adaptação de romance pra quadrinhos. Um dos personagens teve que ser remoçado, o resto como veio foi, o que é excelente aproveitamento. Acho que numa adaptação dá pra procurar fidelidade ao original, respeitando as características da mídia para a qual se está trazendo os conteúdos... Eu procurei concentrar na ação, produzir imagens dos lances da trama, deixando ela mostrar mais os pensamentos do autor e sacrificando comentários mais longos que não cabiam, até, no número de páginas de que dispúnhamos. Mal posso esperar pra ver impresso, saber onde se vende...Auika!