segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Sobre a Bienal do Livro

A demora na execução dos planos contribui pra que não saiam assim como se planeja...a minha demora em continuar a comentar o trabalho que Breccia realizou a partir de Poe vem dwe que vou ter que fazer uma longa sessão de escaneamento das pgs (coloridas, coloridas, sim!!) que vão ilustrar o trabalho que tenho feitoo já anotando na minha releitura das hqs...mas escanear muitas páginas é um processso que demora, vou ter que fazer uma sessão só pra isso, e a organização às vezes falta... a´o prazom paga!!! Pelo outro lado, a gente tem vontade de fazer umas outras coisas, acaba que elas também fazem falta... então hj aproveito a chance!!Não consegui ir na Bienal no principal dia, na minha concepção, quando os gêmeos Moon e Bá estiveram dando uma palestra, acompanhados pelo autor de outro megalivro americano de hq, o de Dash Shaw, cujo traço não é o de nenhum Chris Ware, longe disso, mas dizem que a hq arrebenta, como o "Retalhos" do Craig Thompson, ambos publicados pela Cia. das Letras. Esta entrou no ramo realmente muito bem, com esse livro e os outros que vem lançando, tudo cada calhamaço danado, que está tendo comprador!! O título do livro do Shaw me escapa, mas é mais um camarada mostrando as intimidades de sua família... os americanos descobriram, de fato, a autobiografia!!! Nada contra o gênero, mas além da qualidade na execução do trabalho, dado que é essencial, o camarada tem que contar com uma história pessoal bem interessante!! Todos os praticantes disso, de Crumb a Thompson, certamente as têm... mas num dá pra querer isso de todo mundo!! A invenção, a contação de cascata, têm seu espaço garantido na minha estante!! No dia que fui na Bienal, que foi o seguinte, apesar do excesso de gente, consegui estar com vários amigos que trabalham no ramo e atualizar impressões, além de comprar várias coisas bacanas...Afinal, já até tuitei que voltei da Bienal cum Roy Crane e Paul Pope... O livro desse último, "The Ballad of Dr. Richardson", conta uma história simples e comovente, que me fez pensar num Sherwood Anderson mais cosmopolita.. Sim, as ligações entre literatura e hq são mais fundas, mais férteis do que pode fazer pensar a atual tendência das adaptações literárias... Não sei se Anderson escreveu novelas, mas se existem, devem ser como essa hq do Paul Pope, ligada à profundidade e à singeleza dos sentimentos e oportunidades que, por vezes, se colocam na vida das pessoas... não precisa ser verdade pra me comover, não...ou, comon já disse Alan Moore, "Isso não é mentiura! É ficção!" O gibi de Roy Crane já é a coletânea da participação do Capitão Cesar na segunda guerra. Bem mais denso do que eu esperava, é contudo aventura trepidante. Conta com aquele uso majestoso dos meios tons para conferir realismo a personagens e cenas criados com a simplicidade que só o domínio completo do métier pode dar... Sim, é um folhetim, mas nele morre gente a quem a gente tinha se afeiçoado...não é o típico, não!!! Roy Crane, pra mim, joga no mesmo time que Alex Toth, outro rei do traço conciso. É preciso dizer que Crane, no seu tempo, inaugurando a hq americana de aventura, teve bem mais sucesso comercial que Toth... Mercado burro é assim mesmo!!! Shakespeare foi teatro popular, Griffith foi cinema popular, é bom a gente se lembrar, e Roy Crane foi hq muito popular, inclusive, no Brasil, graças à sua publicação sistemática em "O GLOBO"... Mas o domingo não foi só das leituras. Além dessas compras, houve o encontro com alguns dos escritores atuais de vampirismo, o Humberto e a Martha em especial, com quem pude fofocar também um um pouco, curtindo o jeito ranzinza dele com tudo que é novidade... Outros que o conhecem também já comentaram comigo: acham engraçado o seu jeito mal-humorado com relação às coisas feitas por gente mais jovem... O negócio é o Dracula do Gene Colan, né isso?? Bem , conversamos por mais uns minutos, e aí só voltamos no domingo seguinte, quando consegui entrar na barraca da Comix,o que não tinha feito antes, e achar o belíssimo " O Guarani " do Luiz Gê, além de, num momento de sincronia blogático, o primoroso "Perramus" de Breccia, trazido pra portuga do Brasil pela Editora Globo!! Depois me disseram que o Télio Navega já tinha dado isso, eu não sabia!!Blogueiro desinformado existe também... Breccia em português, por uma editora brasuca!! Qual, ainda existe esperança pro mundo, nem tudo está perdido! O caso, então, vai ser que, quando eu terminar de falar de Breccia e Poe, vou poder ilustrar muitíssimo bem um post sobre a densidade literária, sim, das imagens que o velho mestre argentino consegue conjurar, com seu primoroso tango gráfico/narrativo, mesmo quando não se trata de adaptar texto de ninguém , só seguir o roteiro brilhante de um Juan Sasturain...mais alegria do que isso, é imnpossível achar...mesmo que, de antemão, se saiba : vou comentar também o ótimo off-Bienal do Baratos da Ribeiro ...Então, é isso, tá dito, tá tudo excelsior, ´nuff said, banoite, john -boy!!!

1 comentário:

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