sábado, 13 de fevereiro de 2010
Perpétuo
Já um pouco depois do que eu pretendia, eis-me aqui de novo, afinal! Prossegue agora, nessa hora, a postagem da única hq inédita do Perpétuo, "A Macumba da Rua Uranos", que começou na última vez que estive aqui. Foi escrita por mim, desenhada pelo brilhante Luiz Cabral, de quem falei no post anterior. O Corben do Méier. Deixei o post de agora pro Perpétuo, o protagonista da hq. Essa que está começando agora é a famosa "origin story", em que as premissas da (suposta) série estão apresentadas ao leitor. Pode começar parecendo muito cotidiano demais, mas prometo que algumas coisas bem sobrenaturais vão acontecer. Olhando essas páginas já com certa distância no tempo, vejo que hoje o Cabral faria hoje, de outro modo, as cores . É pena (ainda?) não ter continuado a série. Só saiu o episódio preparatório, na Caô número 1,(natimorta revista, infelizmente) para dar um gostinho do que o personagem podia ser. Ia ser a hq fixando o clima da série e estabelecendo com firmeza seu horizonte sobrenatural. Tenho um monte de episódios posteriores tramados... O personagem, contudo, é baseado num sujeito que existiu mesmo, e hoje tá esquecido, o homônimo detetive Perpétuo, que naturalmente não levou uma vida sobrenatural. Contemporâneo do Milton Le Coq e seus apaniguados, que foram o embrião daquilo que nos Anos 70 se chamou de "Esquadrão da Morte", Perpétuo diferia. Diferia porque, inteligente como era, investigava, antes de sentar a mão. A experiência brasileira, na maioria dos casos, não é essa. Lembra mais o que fazia Le Coq, atirar primeiro e perguntar depois. O caso dele era extremo, o que fez com que tivesse a fama que na sua época teve, fama sinistra e que originou muita porcaria policial, muita matança impune. Perpétuo, por outro lado, deixava escapar certos bandidos e seguia a písta que os ditos deixavam. Transformava outros em informantes. Dialogava com a opinião pública mostrando a cara. Fazia trabalho de polícia. Pra mim, dada a situação que hoje rola, Brasil afora, é um caso sobrenatural. Foi com isso em mente que resolvi enfiar uns fantasmas e entes sobrenaturais, logo duma vez, no caminho desse cana bacana. Desgraça pouca é bobagem. Infelizmente, sobrevive muito pouco impresso sobre ele, pesquisar é complicado. Achei pouco mais que o livro do Pena Branca e o depoimento de Madame Satã ao Pasquim. Ainda assim, a partir de alguns poucos e bons dados, e de algumas hipóteses alucinadas como gosto de inventar, existem histórias planejadas. Nenhum romance, contudo vários e interligados contos. Esse que eu tô co0meçando a postar é o famoso segundo episódio que vale por um primeirão, apresenta direitinho. Convido os amigos a lerem, esses dias exploro mais assuntos correlatos ao Perpétuo, assim o pobre fantasma pára de me assombrar. Evoé! Volte sempre! Garanto que vale a pena, leia essas primeiras quatro pgs que postei até o momento, só faltam doze! Sim, eu sei que esse blog não se alimenta direto de novidades, quem só quiser novidade vai ter que procurar noutro canto. Mas, como eu prometi alguns eons atrás, quem gosta de coisas bacanas aqui encontra o que ler(e ver!)! Evoé! Ah, sim, peço desculpa pelos probleminhas de letreiramento na hq...a revista não chegou na revisão...Bom! De novo! Excelsior! Make mine Marvel!
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